Países continentes: como é viver em um país de grandes proporções territoriais?

Países continentes: como é viver em um país de grandes proporções territoriais?
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Sabe aquela expressão “países continentes” que você está acostumado a ouvir, mas não sabe exatamente o que quer dizer? Pois bem, neste texto, você descobre o que ela significa, como surgiu e a quais nações ela faz referência. De maneira geral, existem seis territórios no mundo que podem ser nomeados continentais, entre eles, o Canadá, os Estados Unidos, o Brasil e a Austrália.

Aqui, você também aprende que existe uma característica que une todas essas regiões do planeta: a diversidade, seja cultural ou climática. Além disso, você fica por dentro de vários atrativos da Austrália, que se tornou um dos mais procurados destinos de intercambistas brasileiros. Embarque nessa aventura!

O que são os “países continentais”

Você já deve ter ouvido a expressão “país continental” ou “países continentes” em relação a locais como Austrália, Brasil e Estados Unidos. Mas a dúvida que fica é o que esse termo quer dizer sobre esses territórios, não é mesmo? Pois bem, saiba que o jargão surgiu por causa da área territorial australiana, que tem 7.741.220 km², o que significa quase toda a extensão da Oceania, considerado o menor de todos os continentes, sendo formado ainda pela vizinha Nova Zelândia e outros 14 países.

Essa área de 7,7 milhões de km² passou, portanto, a ser o marco na Geografia e nas ciências da Terra para que toda massa terrestre idêntica ou superior à da nação dos cangurus fosse chamada de continente. Por sua vez, conforme você já deve imaginar, tal medida começou a levar em consideração que tudo que fosse menor à área da Austrália fosse categorizado como península ou ilha, a exemplo da Nova Zelândia, formada por ilhas como a Norte, a Sul, a Waiheke, a Stewart entre outras.

No entanto, como há no mundo outras cinco regiões maiores do que a área continental da Austrália, como a China e o Canadá (cujas dimensões você confere abaixo), toda nação com um perímetro superior ao australiano passou a ser chamada de “país continental”. Entendeu agora o uso dessa famosa expressão? Então, confira as 6 regiões que merecem o “apelido”:

  1. Rússia, que tem 17.098.240 km²;
  2. Canadá, com 9.984.670 km²;
  3. Estados Unidos, somando 9.831.510 km²;
  4. China, com 9.600.000 km²;
  5. Brasil, com área total de 8.514.876 km²;
  6. Austrália, totalizando 7.713.364 km².

Agora que você já sabe o que quer dizer a expressão “país continental”, que tal descobrir mais sobre as várias belezas dessas regiões, a começar pelo Brasil! Leia o próximo tópico e se delicie com a diversidade cultural nacional.

O caso brasileiro

Com uma área de milhões de quilômetros, é de se imaginar que países continentais tenham uma diversidade de climas, fauna e flora! Os brasileiros estão bastante acostumados com as múltiplas possibilidades que o território oferece aos habitantes e visitantes. Ilustra essa ideia a frase “em se plantando, tudo dá”, atribuída ao português Pero Vaz de Caminha (1450-1500), que desembarcou no Brasil no século 15 e ficou impressionado com as áreas agricultáveis da América.

Contudo, se engana quem pensa que a diversidade brasileira está restrita ao solo! Como o Brasil está localizado nos dois hemisférios do planeta, sendo 93% do território no norte e 7% no sul, os canarinhos experimentam vários climas, a depender da região do país, como tropical (que se divide, ainda, em úmido e de altitude), subtropical, semiárido e equatorial. Além das diferenças climáticas, a cultura brasileira é tão vasta quanto a área territorial, em que se espalham os mais diversos ritmos, como ciranda, samba, caboclinho, frevo, marujada, reisado, maracatu, bumba meu boi e muito mais!

Por aqui, há desde manifestações religiosas, como a lavagem das escadarias do Bonfim, em Salvador (BA); o Círio de Nazaré, em Belém (PA); e a medieval Cavalhada, nas cidades goianas, até uma das mais genuínas celebrações do mundo, como o Festival de Parintins (AM), no meio da floresta amazônica; a Oktoberfest, em Blumenau (SC); e o Carnaval, com destaque aos sambódromos do Rio e de São Paulo.

Por falar no Sudeste, que tal citar, então, comidas deliciosas da região como o feijão-tropeiro, o pão de queijo e o cuscuz paulista? A culinária brasileira, pela extensão do nosso território continental, apresenta uma gama de sabores inimagináveis! Do Norte e do Nordeste vêm o vatapá, o sarapatel, a buchada, a tapioca, o tucupi, a carne de sol, o jambu e o tacacá. Já no Centro-Oeste, a sopa paraguaia, o arroz boliviano e o angu são pratos regionais. Por fim, do Sul, vem o chimarrão (claro!), o barreado (um cozido de carne) e o vinho.

Como você vê, se existe uma característica que atravessa um país continental, ela se chama diversidade! Então, se você deseja conhecer mais sobre diferentes culturas e climas das mais extensas nações do planeta, avance para o próximo tópico para entender melhor curiosidades sobre regiões como Estados Unidos, Canadá e, principalmente, Austrália!

Diferenças culturais e climáticas em um só país

A expressão “país continental” se refere a lugares em que as dimensões do território ultrapassam os 7,7 milhões de quilômetros quadrados. Além disso, você sabe, a partir do caso brasileiro, que essas grandes regiões não são apenas geograficamente importantes, mas também se distinguem das outras pela diversidade cultural e climática. Além do Brasil, você vai descobrir que os Estados Unidos, o Canadá e a Austrália, para citar países em que se fala inglês, são uma ótima opção para quem quer ter multiculturalidade e temperatura extremas. Leia!

1. Canadá

Para se ter uma ideia da extensão territorial do Canadá, esse país continental ocupa 42% da América do Norte. Já pensou? Desde a costa no oceano Pacífico até a do Atlântico, são vários climas que regem o país, como o frio e o polar, que provocam invernos rigorosos e temperatura de -50°C, no extremo norte. Já no leste e no oeste, a temperatura pode ser mais agradável e chegar aos 35°C no verão. Nada mal, não?

Sobre a diversidade cultural, você vai perceber, a partir da culinária, que são muito vastos os costumes por lá. Alguns pratos, como a poutine, que é uma mistura de batata, queijo e molho (comum em Quebec, por exemplo), o macaroni and cheese (massa com molho Bechamel) e o butter tart, uma torta feita de massa folheada, são tradicionais.

Para finalizar, uma curiosidade: você já sabe que o Canadá tem uma enorme quantidade de climas e diferenças culturais, mas sabia que a fronteira entre o país e os EUA é considerada a mais longa do mundo? Então, conheça mais sobre essa poderosa nação da América do Norte!

2. Estados Unidos

Com uma área de 9.831.510 km², os Estados Unidos são um país continental, ficando atrás apenas da Rússia e do Canadá, como mostramos. Desde o sul até o norte, a mais poderosa nação do mundo tem uma diversidade cultural enorme. Entre a Califórnia e o estado de Nova York, a paisagem muda completamente, isso porque nos EUA há desde florestas temperadas na costa leste até planícies na região central, passando por áreas alagadas do estado da Geórgia e por montanhas e desertos na costa do Pacífico.

A diversidade, contudo, não está apenas na geografia norte-americana, pois a cultura é muito diversa nas várias regiões do país. Na culinária, por exemplo, não há como negar a influência dos fast-foods na cultura local, mas alimentos à base de carne de cervo, veado, peru, além de batata, milho e abóbora são considerados tradicionais por lá. Além disso, frango frito, cachorro-quente, pizza e torta de maçã são característicos do território. Agora que tal viajar até a Oceania?

3. Austrália

Como já dissemos, a Austrália está localizada na Oceania, o menor de todos os continentes. Mas o país continental, que está na divisa entre os oceanos Pacífico e Índico, é o 6º maior do planeta! Ao hemisfério sul, a terra dos cangurus tem um regime de clima similar ao brasileiro, pois uma parte da nação (a situada ao norte) está na zona climática intertropical e outra (sul), na zona temperada.

Essa divisão faz com que o país tenha desde climas como o árido tropical, o tropical, o subtropical e até o mediterrâneo. Além disso, dois desertos (quase 90% do território são áridos ou semiáridos), o Gibson e o Vitória, cortam a Austrália, o que não impede, no entanto, de o território ter um dos principais paredões de corais do mundo, a chamada Grande Barreira Coralina, no litoral nordeste! Agora, descubra mais sobre a cultura desse país, que é um dos mais procurados por jovens brasileiros que desejam fazer intercâmbio. Vá em frente!

Descobrindo a Austrália

Você deve estar se perguntando quantos habitantes esse país continental (com climas tão distintos) tem hoje em dia, não é? Pois bem, atualmente, são mais de 21 milhões de pessoas morando na grande ilha, sendo que a maior parte delas está concentrada nas cidades ou em áreas urbanas (89%). Por falar em metrópoles, a capital da Austrália, por incrível que pareça, não é Sydney, mas Camberra, cuja população atual está em cerca de 320 mil pessoas.

Porém, as regiões mais populosas são a famosa Sydney (4.119.190), Melbourne (3.592.591), Brisbane (1.763.131), Perth (1.445.078) e Adelaide (1.105.839). No entanto, a densidade demográfica — quer dizer, a quantidade de moradores em relação à área territorial da nação — é baixa, uma vez que há apenas 2,7 cidadãos por km².

E se o país é pouco povoado, a taxa de crescimento populacional tampouco é alta: os números não passam de 1%, o que faz o governo pensar em estratégias para fomentar o aumento de moradores por lá, inclusive estrangeiros. As curiosidades não se encerram: sobre as religiões praticadas no local, a mais evidente é o cristianismo, pois 77% dos australianos se declaram praticantes dessa fé.

Qualidade de vida

Mas você não perde por esperar: a qualidade de vida da população australiana é considera alta, de forma que os adultos vivem em média 81 anos de idade por lá. Atualmente, o Índice de Desenvolvimento Humano da Austrália, o qual, entre outros fatores, considera a expectativa de vida da população, atinge a média de 0,937, o que coloca a nação atrás apenas, em nível mundial, da Noruega, que marca 0,938 nesse indicador. Além disso, você sabia que o saneamento ambiental nesse país chega a 100% das residências? Não, não é um sonho, mas uma realidade para os australianos!

Economia

Fora a expectativa de vida e o saneamento básico, o cálculo do Desenvolvimento Humano nesse país da Oceania também leva em conta o nível de riqueza da economia. Quer saber se a economia australiana é uma potência mundial? Saiba que a resposta é sim! A considerar os resultados calculados pelo Fundo Monetário Internacional, os australianos ocupam o posto de 17ª maior economia do planeta.

Com uma indústria desenvolvida em várias áreas (desde a metalúrgica até a petroquímica, passando pela química e pela engenharia de alimentos), o setor comercial e o de serviços (em especial, o turismo e a hotelaria) são também responsáveis pelo grande Produto Interno Bruto da terra dos cangurus. Mas a tradicional criação de animais, como a ovelha, e a exportação de carvão e minérios (ferro, ouro, chumbo e níquel, para citar alguns) também são importantes para as riquezas dessa rica nação.

Cultura

Você já notou que a multiculturalidade é uma marca dos países continentais, e não seria diferente neste lado do mundo! Na Austrália, a cultura recebe influência dos aborígenes e dos europeus. Culturalmente, os povos nativos são representados por pinturas com expressões que retratam, principalmente, os animais da região. Você pode encontrar essa arte genuinamente australiana em lugares como o Museu Australiano, em Sydney.

Já a arte herdada pelos colonizadores ingleses ganhou força no século 19 no país, com a Escola de Heidelberg, cujas aquarelas de Arthur Streeton, Tom Roberts e Frederick McCubbin se especializaram em cenas nacionais. Para conferir a nova safra artística do país, a sugestão é ir ao Museu de Arte Contemporânea, também em Sydney.

No entanto, a cultura salta aos olhos na Austrália, mesmo do lado de fora dos museus. Se você quer experimentar atrações turísticas, vá à Ponte da Baía de Sydney, o Rochedo do Elefante (na Baía de Walker) e o Uluru (uma rocha considerada sagrada pelos povos aborígenes), também conhecido como Monte Augustus, o maior monólito (uma montanha formada por rocha maciça) do mundo.

Como você percebeu, a Austrália tem muito a oferecer ao estudante brasileiro que quer fazer um intercâmbio! Mas, além de turbinar o seu inglês e ter mais chances de conseguir uma experiência profissional no exterior, saiba, no próximo, ponto que a ilha pode surpreendê-lo ainda mais!

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Principais características que atraem estudantes

Bom, antes de tudo, é preciso saber que a maior parte dos intercambistas que estão interessados na Austrália querem avançar no inglês e, ainda, poder ter uma experiência profissional no exterior! Atualmente, são 1,2 mil instituições de ensino para estudar em mais de 20 mil cursos disponíveis, desde o nível técnico até o acadêmico (graduação, MBA e pós-graduação). Mas se você está focado nos cursos de inglês, há desde o General English até o Inglês para Negócios, passando ainda pela preparação para o IELTS. Confira:

  • General English: intensivo, esse curso é focado em quem quer avançar no inglês rapidamente, pois abrange desde gramática até conversação, passando por conhecimentos gerais e expressões idiomáticas. O General English é ideal para quem ainda não tem fluência na língua, mas também pode ser oferecido em nível avançado. A duração mínima é de 1 mês, mas se você quiser ter um visto de estudante, precisa se matricular em uma escola por, no mínimo, 14 semanas;
  • Inglês para Negócios: já essa opção é para quem quer trabalhar, principalmente, nas áreas de finanças e negócios, como administração e marketing, uma vez que o curso se foca na linguagem de trabalho e na conversação para você conseguir fechar negócios em inglês;
  • IELTS: por outro lado, há cursos específicos para quem deseja se qualificar no International Language Testing System, o IELTS. Com duração mínima de 10 semanas, as aulas se focam nas habilidades que a prova, aceita internacionalmente, cobrará de você.

Por fim, alguns estudantes ficam se perguntando se o sotaque australiano é muito acentuado. Na verdade, há algumas expressões que são tipicamente de lá, mas você vai começar a achar natural esse tom em alguns dias e, logo, logo, vai poder se comunicar bem no idioma em qualquer país anglófono. Fora o aprendizado de inglês, as oportunidades de trabalho encantam os brasileiros que querem morar na Austrália. Descubra!

Trabalho e maior salário do mundo

A Austrália se transformou em um importante destino para brasileiros porque, além de oferecer ótimas escolas de inglês, possibilita que o intercambista também trabalhe! Sabe por quê? Porque o país vem passando por uma desburocratização quanto ao sistema de vistos de estrangeiros. Em geral, os brasileiros que querem se matricular em um curso e trabalhar ao mesmo tempo por lá requerem o visto de estudante, que possibilita trabalhar por 40 h quinzenais.

Quanto à economia australiana, você já sabe que ela é desenvolvida e, nos últimos anos, tem se destacado ainda mais. De forma geral, a maior parte dos nativos estão na classe média e as oportunidades de emprego não faltam, mesmo para imigrantes! É muito comum, principalmente entre jovens, a escolha de trabalhos sazonais, principalmente na área de turismo, na qual muitos intercambistas arrumam o seu primeiro emprego internacional. E tem mais: se você arrumar um job na Austrália, vai ganhar o maior salário mínimo do mundo!

De acordo com estudo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, o país continental é o que melhor paga entre uma lista com outros 26 lugares (como EUA e Canadá). Para se ter uma ideia, o salário mínimo na terra dos cangurus é de US$ 9,54 por hora (convertendo, são cerca de R$ 30), quer dizer, o valor é quase o triplo do que o praticado no Brasil, em que se ganha US$ 1.57 por hora, segundo conversão de outubro de 2017.

Clima agradável e povo hospitaleiro

Como você viu anteriormente, a Austrália é um país com vários climas regentes. Mas o que agrada a muitos brasileiros é o clima temperado que dura a maior parte do ano em muitas regiões australianas, propiciando uma recepção mais calorosa para os brasileiros. Além disso, se você curte ir a praias e aproveitar o verão, a época certa para desembarcar na nação (principalmente na região norte, onde faz mais calor) é entre dezembro e fevereiro. Já se prefere o frio, prefira ir a cidades da região sul, em que os invernos (de junho a agosto) são mais rigorosos.

Assim sendo, você não precisa ficar confuso sem saber as roupas que levar quando for ao país. Se for visitar uma região tropical, prefira vestimentas leves, que podem ser usadas durante o ano todo. Já ao sul, onde as temperaturas mudam ao longo do dia, leve roupas leves, mas não esqueça dos agasalhos: um suéter sempre pode ajudar! Ah, as roupas também revelam muito do povo australiano, que em geral prefere se vestir de forma muito informal, à exceção de ambientes que pedem um traje mais formal, como em teatros ou restaurantes “finos”.

Falando nos australianos, eis mais um ponto que vai conquistar você, pois eles são, de maneira generalista, muito divertidos e hospitaleiros! Com uma diversidade étnica impressionante (há, ainda, muitas famílias de chineses, italianos, neozelandeses e até gregos vivendo na ilha), esse povo é conhecido pelo alto consumo de álcool — e o happy hour é praticamente uma instituição por lá! Por fim, assim como os brasileiros, eles adoram churrasco e esportes, em especial, o rugby e o cricket, que são os mais famosos entre os australianos.

Você descobriu as seis regiões do mundo que são chamadas países continentais, entre elas a Austrália, que foi o país em que essa expressão surgiu! Além disso, você aprendeu que existe algo em comum entre essas grandes nações: a diversidade cultural e climática! A exemplo da terra dos cangurus, a vasta dimensão territorial abriga desde desertos até locais em que o inverno é rigoroso. Fora isso, a ilha tem se tornado um dos mais procurados destinos entre intercambistas, uma vez que oferece educação e trabalho de qualidade!

Agora que você já sabe tudo sobre países continentes, que tal aprofundar os seus conhecimentos sobre a Austrália e tornar realidade aquele sonho de fazer intercâmbio? Então, baixe agora mesmo este e-book e tire todas as suas dúvidas sobre os custos de morar na terra dos cangurus!

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