Como fazer intercâmbio? Confira o passo a passo para iniciantes
Você já deve ter percebido que um intercâmbio é uma das melhores experiências de muita gente, não é? Afinal, é uma viagem ao exterior que permite aliar o lazer ao aprendizado, trazendo experiências culturais ricas e inesquecíveis para a sua vida. Pode ser que você queira viver isso, mas ainda não saiba muito bem como fazer intercâmbio.
É bem provável que você tenha amigos ou parentes que já tiveram essa experiência e tenha ouvido falar muitas coisas sobre a viagem de estudos. Também é normal que se sinta motivado e ao mesmo tempo assustado quanto à possibilidade, afinal, ela também significa um afastamento da zona de conforto. Entretanto, se você se preparar, a experiência tem tudo para ser positiva.
Se você ainda não sabe por onde começar, nós podemos ajudá-lo. Este texto traz um passo a passo para efetivar a sua viagem. Quer saber tudo? Então, vamos lá!
Escolha o destino
Geralmente, a língua é determinante na escolha do país de destino, afinal, o interesse da maioria das pessoas é aprender ou aprimorar habilidades em outro idioma. Entre os países mais buscados quando o objetivo é aprender inglês, por exemplo, estão a Nova Zelândia, Irlanda e Austrália.
Além disso, há outros fatores que influenciam a decisão: qual local você tem vontade de conhecer, se o clima do lugar agrada ou não, se é possível obter o visto sem problemas e quanto custaria a viagem. Leve tudo isso em consideração e decida o seu destino.
Defina o objetivo da viagem
Como dito, aprender uma língua é o que motiva a viagem de muitas pessoas. Mas além dos cursos de idiomas, existem outros tipos de intercâmbio, com outros objetivos.
Os tipos de intercâmbio mais comuns são:
- cursos de idiomas (intensivos, de 1 a 4 semanas; ou extensivos, por vários meses);
- cursos de graduação (completo, de 3 a 4 anos; ou semestre/ano acadêmico);
- cursos de pós-graduação (extensão, mestrado, doutorado);
- trabalho trainee/estágio (de 3 a 6 meses ou 1 ano);
- trabalho voluntário (geralmente, de 1 a 3 meses).
Definir qual intercâmbio mais convém ao seu caso vai influenciar nos outros dois tópicos que abordaremos a seguir: a duração da viagem e o orçamento.
Decida o tempo de permanência
Para escolher o tempo de permanência em outro país você precisa, em primeiro lugar, ter em mente seu objetivo: o intercâmbio poderá ser mais curto, se quer fazer um curso de idiomas, e mais longo, se você pretende cursar uma graduação completa, por exemplo.
Mas é preciso avaliar também qual é a sua disponibilidade. Ou seja, para definir a duração de seu intercâmbio, você precisa ter em mente quanto tempo tem disponível para ficar fora do país. Será necessário avaliar ainda o orçamento, antes de decidir a duração da viagem. Intercâmbios mais longos são mais caros, e você também precisará de uma boa reserva financeira para manter-se fora por bastante tempo.
Pense na estadia
Existem algumas modalidades de estadia que podem atendê-lo durante seu intercâmbio. É importante pesquisar os custos, os prós e os contras de cada uma para poder decidir com consciência. Alguns estudantes optam por homestay, onde a imersão cultural é ainda maior, já que você terá a oportunidade de viver em um lar familiar no país de destino.
Entretanto, você pode ficar em uma residência estudantil, com outros estudantes, escolher um hostel ou ainda alugar um flat. Tudo vai depender basicamente do seu perfil, do seu conceito de privacidade e do valor que você tiver destinado para investir nesse item. Saber exatamente como funciona cada opção é fundamental nessa escolha.
Calcule os gastos
A documentação pode gerar custos. Fora isso, é preciso pensar em todas as outras despesas que você terá durante a estadia no exterior. Assim, considere no seu orçamento da viagem:
- preço do passaporte, do visto e dos documentos que você talvez precise emitir ou traduzir;
- tipo de hospedagem, como casa de família, casa compartilhada com outros estudantes, alojamento na escola/faculdade escolhida, moradia oferecida pelo estágio/trabalho voluntário;
- passagens de ida e de volta;
- seguro-saúde, exigido para entrada em muitos países;
- gastos diários com alimentação;
- gastos com passeios e compras durante a viagem.
Para fazer esses cálculos, é importante conhecer o custo de vida no país de seu interesse e, até mesmo, na cidade onde vai morar. Por isso, faça uma pesquisa prévia.
Faça um bom planejamento de viagem
Pode parecer exagero, mas é importante saber o passo a passo do que você vai fazer durante o intercâmbio. Uma vez escolhidos destino, curso e estadia, você precisa começar a pensar nos pormenores. Há algum passeio que você queira fazer nos dias de folga dos estudos? É bom incluir esses itens também no planejamento.
É claro que não é proibido combinar com a turma que você conheceu no intercâmbio de passar um final de semana em uma cidade vizinha. Mas quanto mais você tiver seu roteiro planejado, mais fácil será para se organizar. Assim, você não corre o risco de, quando chegar a hora de voltar para casa, se dar conta de que não fez as coisas que sempre sonhou.
Tenha um planejamento financeiro
Mas não é somente o roteiro da sua viagem que precisa ser planejado. Levando em consideração o orçamento da viagem, você precisará fazer um planejamento financeiro para não correr o risco de ficar sem dinheiro na sua estadia fora do país. Por isso, prepare-se para economizar antes e durante a viagem.
O ideal é começar a se organizar com, pelo menos, um ano de antecedência — assim, terá um bom período de tempo para acumular os recursos necessários sem se apertar. Levando em conta as suas condições e estilo de vida, planeje a melhor forma de fazer economia e juntar o valor necessário para a experiência.
Além disso, faça um planejamento para economizar durante a viagem. Algumas boas ideias são:
- planejar quanto você poderá gastar por dia no país de destino;
- providenciar a carteira internacional de estudante para ter descontos em atividades culturais e de lazer;
- pesquisar dicas de passeios mais baratos;
- programar-se para fazer as compras apenas pouco antes de voltar, pois, assim, você saberá quanto dinheiro tem disponível para gastar com supérfluos.
Conheça e providencie a documentação
Definidos o destino, o objetivo e a duração da viagem, os gastos começarão a aparecer com a documentação necessária para efetivá-la. Primeiro, vem o passaporte, documento indispensável para viagens internacionais. Para saber como obtê-lo, basta consultar o site da Polícia Federal, que é responsável pela emissão.
É importante também verificar se o país escolhido exige visto. A Irlanda, por exemplo, não exige visto, caso a viagem dure menos de 3 meses. Se for mais longa, é preciso solicitar um visto na embaixada ou consulado do país antes de viajar. Esse é um ponto muito importante, já que alguns países (como os EUA) exigem o visto sempre, não importa a duração da viagem.
São essenciais, ainda, documentos de estudo ou trabalho. Quem vai fazer um curso de idiomas receberá uma carta de matrícula da escola escolhida — para ajudar com o visto ou para apresentar no aeroporto, na hora da imigração.
Quem for fazer uma graduação ou pós-graduação no exterior deve ter atenção aos documentos exigidos pela faculdade estrangeira: provavelmente, será necessário traduzir diplomas ou históricos obtidos no Brasil.
De qualquer forma, é importantíssimo informar-se de antemão a respeito de toda a documentação exigida para o seu destino e o tipo de curso. A falta de um dos itens pode trazer grandes transtornos, que podem transformar o seu sonho de intercâmbio em um verdadeiro pesadelo. Felizmente, a informação pode evitar tais situações.
Contrate um seguro-saúde
Antes de viajar, é preciso também tomar algumas providências para que imprevistos não atrapalhem essa experiência. Uma delas é fazer um seguro-saúde. Em alguns lugares ele é obrigatório, ou seja, pode ser exigido para a entrada no país.
Mas, mesmo quando o destino é um local que não faça essa exigência, convém contratar um seguro. Estando em outro país, com outro tipo de clima e diferenças nos hábitos alimentares, por exemplo, podem acontecer pequenos problemas de saúde. Por isso, é preciso se precaver.
Com o seguro, você conseguirá passar por consultas médicas ou atendimento em emergências no sistema público. Sem o seguro-saúde, pode ser que precise recorrer a serviços particulares, que, em determinados países, têm custos elevados.
Obtenha tranquilidade para se comunicar
Você vai viajar para estudar inglês (ou outro idioma), certo? Entretanto, você vai precisar se comunicar na língua local assim que chegar ao país de destino. Por essa razão, é necessário se preparar para que essa comunicação inicial flua com mais tranquilidade. Fazer um curso básico aqui no Brasil ou mesmo procurar tutoriais na internet que ensinem a linguagem do dia a dia são atitudes que podem ajudar.
Embora os cursos no exterior estejam disponíveis desde o básico, quanto mais você tiver conhecimentos prévios na língua em questão, maiores as chances de entrar em um estágio mais avançado e ver o seu inglês subir de nível rapidamente. E você ainda ganha mais autonomia para pedir sua comida em um restaurante e apresentar-se para o vizinho, por exemplo.
Entenda sobre os programas de intercâmbio existentes
Você quer fazer um curso de inglês convencional ou já tem um nível prévio no idioma e quer fazer um curso técnico? O seu sonho é cursar a universidade no exterior? Antes de determinar onde e o que vai estudar, é importante conhecer as possibilidades. Afinal, como fazer uma escolha quando você não sabe exatamente quais são as opções disponíveis.
Sendo assim, ainda que você pretenda embarcar só daqui a um tempo, comece a pesquisar agora mesmo. Quanto mais você conhecer sobre os cursos, as modalidades de estadia e as possibilidades, mais fácil será escolher de acordo com os seus objetivos e tirar o melhor dessa experiência.
Busque referências
Sabe aquele seu primo que já fez intercâmbio? Então, ele pode dar dicas valiosas para você. Por mais que você se dedique a pesquisas, é importante falar com pessoas que já viveram, “na pele”, a experiência para entender algumas questões que você não encontra em manuais e tutoriais.
Entretanto, essa questão também tem um outro lado: por mais que você ouça conselhos, a experiência do intercâmbio é única para cada um. Você jamais terá uma vivência idêntica à de outra pessoa, ainda que o destino, o curso e a estadia sejam os mesmos. Ouça o que os outros têm a contar, mas também esteja aberto a se surpreender.
Esteja disposto a uma imersão cultural
Há pessoas que já incluem a pesquisa por restaurantes brasileiros em seu planejamento de viagem. Matar a saudade (que você certamente vai sentir) da comida do nosso país durante a viagem não tem nada de errado, desde que a ida a esses locais não se torne diária. O intercâmbio é bacana também pela imersão cultural. Se não fosse isso, bastaria fazer um curso intensivo por aqui mesmo.
Viajar para o exterior pensando em comer apenas comida brasileira, procurando por brasileiros o tempo todo para falar português e não buscando entender o porquê de certas atitudes dos moradores locais é viver uma experiência pela metade. É a troca cultural que vai enriquecer o seu aprendizado.
Leve os itens necessários
O modelo de tomadas no exterior pode ser diferente do nosso. Por essa razão, você vai precisar de adaptadores para poder carregar o seu celular ou notebook, por exemplo. O ideal é levar um adaptador universal, que permitirá o uso de qualquer tipo de tomada.
Pode ser ainda que o clima no destino seja muito mais frio (ou quente) que aqui e você precise providenciar roupas específicas. Essa compra também precisa ser realizada com antecedência. Embarcar sem os itens necessários implica em mais gastos durante a viagem, e você ainda corre o risco de ficar “na mão”, caso não tenha tempo ou meios de deslocar-se com urgência até os postos de venda.
Tomou nota de tudo? Pronto para começar o planejamento da sua viagem e para tirar esse sonho do papel? Então não deixe de conferir abaixo um resumo para você não esquecer de nenhum detalhe!
Escolha uma agência
Planejar as etapas anteriores pode ser complicado para os intercambistas de primeira viagem, por isso, buscar especialistas no assunto acaba sendo a melhor opção. Contratar uma agência de intercâmbio que ofereça pacotes para o destino do seu interesse vai facilitar — e muito — sua vida.
A agência vai fornecer para você todas as informações necessárias, além de um orçamento detalhado com todas as despesas: o curso, as passagens, a hospedagem, o seguro-saúde etc.
E não pense que o fato de viajar por agência vai tornar sua viagem mais cara. Algumas escolas, por exemplo, oferecem descontos para quem fecha o pacote e, de qualquer forma, as vantagens de viajar com tudo planejado vão se sobressair.
Ao escolher a sua agência, vale a pena considerar dois fatores:
- se ela oferece ajuda em todos os procedimentos, desde a decisão do curso até o pedido de visto;
- se tem escritório no destino (ou representante) para dar suporte durante a viagem, caso necessário.
Pronto! Agora você já conhece o passo a passo de como fazer intercâmbio. Seguindo cada um deles, você estará mais perto de realizar sua tão sonhada viagem. Um intercâmbio é uma experiência inesquecível, que vai trazer conhecimento, cultura, lazer e enriquecimento pessoal e profissional. Então, siga as nossas dicas e comece agora mesmo a se planejar!
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