Fazer intercâmbio mudou a vida da Marcela! Saiba como!

Da infância até a adolescência, eu tive uma companheira constante: a timidez. “Vai brincar com as crianças, Marcela!”, minha mãe sempre dizia, mesmo sabendo que eu me tremia como uma vara quando tentava me aproximar de alguém desconhecido.
Aos poucos, a situação melhorou, já que a escola exigia a socialização — mas não era nada fácil. Eu não conseguia fazer as coisas sozinhas e também não conseguia pedir ajuda. Minhas notas ficavam na mesma média — Bs e Cs — e eu nunca tive a chance de brilhar em alguma matéria ou evento escolar.
Meus pais e professores sempre diziam que eu tinha muito potencial, só precisava destravá-lo dentro de mim. Sinceramente, era algo que eu também sentia. Achei que ficaria para sempre me sentindo mediana, incapaz de ir além das minhas inseguranças e timidez. Não esperava que, aos 16 anos, minha vida começaria a girar de cabeça para baixo!
Meus pais começaram a conversar sobre a possibilidade de fazer intercâmbio em outro país. Minha primeira reação foi de susto, é claro! A ideia parecia maravilhosa e assustadora ao mesmo tempo, principalmente para uma adolescente que não achava possível se destacar de maneira alguma.
Com muita conversa e pesquisa, lendo relatos de outros jovens que tiveram essa experiência e falando com meus pais, amigos e professores, eu decidi que essa seria a virada de chave na minha história. Era o momento de provar para mim mesma que eu tinha a capacidade de encarar muito mais do que imaginava.
Mas e agora, para onde ir?
Depois que a decisão foi tomada, começou uma jornada de novas escolhas. A principal delas era saber para qual país eu iria. Foi natural que os Estados Unidos tenham sido o primeiro lugar a surgir na minha mente, mas eu não queria algo tão óbvio. Estava determinada a viver uma aventura e, por mais que qualquer intercâmbio seja exatamente isso, algo me dizia que havia mais no mundo para desbravar.
Ainda assim, era importante que o local escolhido tivesse o inglês como idioma oficial, já que era o que eu gostaria de estudar com profundidade. O que eu sabia de inglês era o suficiente apenas para conseguir o básico, mas eu sabia que a imersão em um novo país traria muito conhecimento sobre a língua, para além do curso em si.
Debatendo com meus pais sobre essas e outras questões, chegamos à conclusão de que eu deveria ir para um lugar aberto a estrangeiros, com alto investimento em educação e que já estivesse acostumado a receber brasileiros. A resposta foi clara como água: Canadá!
O país já era um dos destinos favoritos dos intercambistas, como continua sendo até hoje, e tinha todas as características que procurávamos. Além disso, o francês é falado por lá tanto quanto o inglês, o que permitiria que eu descobrisse dois idiomas novos de uma vez. Tudo estava se encaixando. Só faltava partir para a prática.
Como organizar tudo para ir?
O momento que eu mais temia havia chegado: o de achar uma agência e organizar tudo. Era uma dor de cabeça que eu realmente não queria ter, mas parecia inevitável, na época. Eu já estava na idade certa para cursar inglês integralmente lá fora, mas muitos outros detalhes tinham que ser avaliados.
Por já estar exausta, antes mesmo de começar a procurar, eu acabei deixando que meus pais fizessem boa parte da busca e não me envolvi muito. Grande erro. Diferente de mim, eles não achavam que seria algo tão complicado e, quando viram uma oportunidade na internet que parecia boa demais para ser verdade, bem… Eles acreditaram mesmo assim.
Cair no golpe do intercâmbio foi um baque que nenhum de nós esperava. Por sorte, nós só havíamos pagado uma parte do valor acordado e nos recusamos a prosseguir sem receber o contato da escola canadense que me abrigaria. Quando viram que estávamos inflexíveis, a empresa simplesmente desapareceu!
Não vou mentir: a desmotivação foi grande. Cheguei a pensar em desistir de tudo e entender aquilo como um sinal do universo de que eu nunca teria aquela determinação que buscava vivenciar. Só que a tristeza durou apenas alguns dias. Eu e meus pais levantamos a cabeça e começamos a nos planejar novamente.
Os planos foram um pouco adiados por conta do imprevisto, mas ainda era possível. Dessa vez, nós nos aprofundamos nas buscas sobre agências, ouvimos relatos de ex-intercambistas e comprovamos a credibilidade da empresa antes de nos envolvermos com um contrato. Foi assim que acabamos encontrando a WEST 1 e minha aventura, finalmente, começou.
Como ficou minha timidez no Canadá?
Todas as pequenas ações que me levaram até o Canadá pareciam parte de um sonho. Arrumar as malas, escolher a playlist para a viagem, me despedir dos meus amigos e familiares, entrar no avião — era como se nada fosse real. Até pisar no aeroporto em Vancouver, eu ainda estava meio entorpecida.
Daí para frente, foi como se uma nova vida tivesse começado. Eu estava receosa, mas com um novo tipo de coragem dentro de mim. Ainda que estivesse contando com ajuda da WEST 1 na minha adaptação, grande parte era feito meu — e só!
Conheci minha host family, que me abrigaria durante os próximos meses, e me dei muito bem com a criança mais velha da casa, pois dividíamos alguns gostos. Eles eram bem pacientes com meu entendimento de inglês, o que também foi ótimo.
O curso me fez conhecer várias pessoas incríveis, de diversos países, que estavam lá pelo mesmo motivo que eu. Foi uma troca cultural que nem sei como explicar, e algumas amizades eu até trouxe de volta comigo para o Brasil. O mesmo aconteceu com os conhecidos canadenses.
E agora, o que ficou da experiência?
Fazer intercâmbio foi tudo que eu imaginava e mais. Os altos e baixos, a cultura, o conhecimento (sim, também aprendi um pouco de francês!), tudo isso moldou quem eu me tornaria dali para frente. Não consigo me imaginar, hoje, aos 28 anos, sem ter sido a pequena Marcela enfrentando seus medos, desbravando o Canadá e voltando com uma confiança nova em folha.
Depois de fazer intercâmbio, acabei parando na faculdade na área de Comunicação — quem diria, hein? — e ainda devo começar uma pós. Mas acho que já está mais do que na hora de me aventurar novamente. Estou pensando em um destino ainda mais único, como Nova Zelândia ou Austrália. A parte boa é que já sei quais erros não posso cometer e já tenho uma agência de confiança. Esse será meu segundo intercâmbio e eu tenho certeza de que não será o último.
Existe uma Marcela em muitos jovens brasileiros que decidem fazer intercâmbio, não acha? Pretende ser um deles? Entre em contato e saiba como!
Artigos Relacionados
0 Comentários