Estudar e trabalhar no exterior: confira as regras para Austrália, Irlanda e Nova Zelândia
Estudar e trabalhar no exterior é o objetivo de muitas pessoas que planejam um intercâmbio. A possibilidade de exercer uma atividade remunerada enquanto estuda em outro país garante a cobertura de algumas despesas, além de dar um upgrade no currículo.
Por essas e outras razões, grande parte dos estudantes de intercâmbio deseja trabalhar. Entretanto, é necessário se informar sobre as reais possibilidades e os requisitos exigidos, porque as políticas para intercambistas variam de país para país.
Pensando em ajudar você, preparamos este miniguia com informações sobre estudar e trabalhar no exterior, focando em três destinos: Austrália, Irlanda e Nova Zelândia. Continue a leitura e confira!
Como funciona o visto de trabalho?
Austrália
Na Austrália, se você tem um visto de estudante e o seu curso tem duração mínima de 14 semanas, você pode conseguir a permissão para trabalhar no país sem a necessidade de tirar um outro visto para isso. É importante que o visto seja solicitado ainda no Brasil, com, pelo menos, dois meses antes da data prevista para o embarque.
O empregador também pedirá alguns outros documentos: caso você vá trabalhar como prestador de serviços terceirizado, vai precisar do ABN (Australian Business Number), que pode ser solicitado via internet e não tem muitas burocracias. Além disso, para trabalhar no país será necessário solicitar ainda o Tax File Number, um documento similar ao nosso CPF.
Irlanda
Na Irlanda, a duração mínima do seu curso precisa ser de 6 meses, com carga horária de 15 horas semanais para ter o visto de trabalho. A duração do documento é de 8 meses, podendo ser renovado por mais duas vezes, caso continue estudando. Dessa forma, o tempo máximo de permanência para estudos é de 24 meses.
Tudo começa a partir de um visto temporário de um mês — tempo suficiente para conseguir um visto de estudante com permissão de trabalho. Para a permissão de estudante, é preciso apresentar uma carta da escola, o comprovante de seguro médico e de endereço, a comprovação de possuir € 3.000 e o pagamento de uma taxa de € 300.
Essa taxa se destina à emissão do CNIB, um cartão que oficializa o visto. Já os € 3.000 são para comprovar que você tem meios de “se virar” caso fique desempregado.
Nova Zelândia
Na Nova Zelândia, para obter a permissão de trabalho, o estudante deve estar matriculado em um curso de 14 semanas, no mínimo. A jornada de estudos deve ser de 20 horas semanais.
Para solicitar o visto, será necessário comprovar a matrícula e o pagamento do curso, apresentar passaporte, comprovante de endereço da hospedagem, seguro viagem, exame médico e comprovação financeira. Cumprindo esses pré-requisitos, o estudante já sai do Brasil com o documento e a permissão para trabalhar no país.
Como é a jornada de trabalho?
Austrália
Na Austrália, você só pode começar a trabalhar quando iniciar o curso, e a jornada é de 40 horas quinzenais. No período de férias, não há limite de horas. Para cursos que exigem estágio para a conclusão, as horas destinadas a esse fim não entram na conta do limite quinzenal.
Irlanda
Na Irlanda, o estudante pode trabalhar durante 20 horas semanais. Nos meses de férias (junho, julho, agosto e setembro) e no período de 15 de dezembro a 15 de janeiro, a jornada pode ser de 40 horas. Além disso, é obrigatório manter uma frequência mínima às aulas de 85%, e cursos de 6 meses presumem dois meses de férias no país.
Nova Zelândia
Na Nova Zelândia, o estudante pode trabalhar 20 horas semanais e, durante as férias, a jornada de trabalho permanece a mesma. Apenas cursos superiores a 1 ano permitem que se trabalhe por período integral durante as férias.
E como funciona para graduandos?
Austrália
Na Austrália, caso o seu curso seja universitário, a jornada de trabalho é a mesma, e se for um mestrando ou doutorando, não há limite de horas. De qualquer forma, só é possível começar a trabalhar após o início das aulas.
Irlanda
Na Irlanda, para estudantes de bacharelado, mestrado ou doutorado, o visto se estenderá pela duração do curso. A jornada de trabalho, nesses casos, é de 40 horas semanais, e é possível permanecer no país, estudando e trabalhando, por até 7 anos.
Nova Zelândia
Na Nova Zelândia, há universidades públicas reconhecidas, em que é possível fazer uma graduação, pós-graduação ou doutorado. A permissão de trabalho funciona praticamente igual aos cursos de inglês.
É permitido trabalhar por 20 horas semanais durante o período de estudos e, como esses cursos têm duração superior a 1 ano, entram no rol dos que possibilitam uma jornada de trabalho de 40 horas semanais durante as férias.
É possível continuar trabalhando após o término do curso?
Austrália
Na Austrália, estudantes de bacharelado, MBA ou Professional Master podem trabalhar por até 2 anos após a conclusão do curso. Para o Mestrado, o prazo é de 3 anos e, para o Doutorado, 4 anos.
Irlanda
Na Irlanda, após o término do curso, é possível permanecer por até 2 anos trabalhando. Basta qualificar o Third Level Graduate Scheme e obter a autorização.
Nova Zelândia
Na Nova Zelândia, após concluir a graduação, o intercambista pode se aplicar para um visto de trabalho, porque, uma vez terminado o curso, ele deixa automaticamente de ser estudante. Assim, para continuar no mercado de trabalho, ele precisará de um documento denominado Post Study Work Visa.
Para emiti-lo, será necessário que o curso tenha durado no mínimo 2 anos (escolas de nível 5 ou 6). Para escolas de nível 7, é possível conseguir o documento, ainda que o curso tenha durado apenas 1 ano.
Acompanhantes podem trabalhar?
Austrália
Na Austrália, caso você vá acompanhado, é possível solicitar um visto de estudante+acompanhante. O acompanhante poderá trabalhar por até 20 horas semanais. Filhos em idade escolar têm até direito à escola pública pelo período de estudos do(s) pai(s).
Irlanda
Na Irlanda, o acompanhante também pode trabalhar por 20 horas semanais. Não é permitido levar crianças, pois não há escolas e creches públicas e a jornada de trabalho não permite recursos condizentes com a criação dos filhos.
Nova Zelândia
Na Nova Zelândia, acompanhantes não podem trabalhar. A permissão só é concedida caso o seu curso seja nível 7. Fora essa, a única possibilidade é que ele também faça um curso e solicite seu próprio visto de estudante.
Pronto! Com essas informações, estudar e trabalhar durante o intercâmbio ficou mais fácil, né? Agora é começar a planejar e partir para realizar essa experiência — que pode ser a melhor da sua vida!
E aí, gostou das nossas dicas para estudar e trabalhar no exterior? Ficou com alguma dúvida ou quer acrescentar alguma informação? Então, deixe seu comentário e conte para a gente!
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